Bibliografia da Filosofa Hannah Arendt.

03/11/2013 00:02
Da Página 3 Pedagogia e Comunicação
[creditofoto]

Hannah Arendt formulou o célebre conceito dabanalidade do mal

Conhecida como a pensadora da liberdade, Hannah Arendt viveu as grandes transformações do poder político do século 20. Estudou a formação dos regimes autoritários (totalitários) instalados nesse período - o nazismo e o comunismo - e defendeu os direitos individuais e a família, contra as "sociedades de massas" e os crimes contra a pessoa.

Sua obra é fundamental para entender e refletir sobre os tempos atuais, dilacerados por guerras localizadas e nacionalismos. Para ela, compreender significava enfrentar sem preconceitos a realidade, e resistir a ela, sem procurar explicações em antecedentes históricos.

Embora fosse de família hebraica, não teve a educação religiosa tradicional judia e sempre professou sua fé em Deus de forma livre e não-convencional. É importante saber desse aspecto porque Hannah dedicou toda sua vida a compreender o destino do povo judeu perseguido por Hitler.

Foi aluna do filósofo Heidegger - com quem teve um relacionamento amoroso - na universidade alemã de Marburgo, e formou-se em filosofia em Heidelberg.

Em 1929, quando o mundo mergulhava na recessão causada pela quebra da Bolsa de Nova York, Arendt ganhou uma bolsa de estudos e mudou-se para Berlim. Quando o nacional-socialismo de Hitler subiu ao poder, em 1933, ela saiu da Alemanha e foi para Paris, a capital francesa, onde entrou em contato com intelectuais como o escritor Walter Benjamin.

Nessa época, colaborou em instituições dedicadas a preparar jovens para viverem como operários ou agricultores na Palestina - ao mesmo tempo, trabalhou como secretária da baronesa Rotschild, de uma família de banqueiros.

Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o governo francês de Vichy colaborou com os invasores alemães e, por ser judia, Hannah foi enviada a um campo de concentração, em Gurs, como "estrangeira suspeita". Porém, conseguiu escapar e aportou em Nova York, em maio de 1941.

Exilada, ficou sem direitos políticos até 1951, quando conseguiu a cidadania norte-americana. Então começou realmente sua carreira acadêmica, que duraria até sua morte. Combateu com toda a alma os regimes totalitários e condenou-os em seus livros "Eichmann em Jerusalém" e "As origens do totalitarismo". No primeiro, estuda a personalidade medíocre de Adolf Eichmann, formulando o conceito da "banalidade do mal". Em seus depoimentos, Eichmann disse que cumpria ordens e considerava desonesto não executar o trabalho que lhe foi dado, no caso, exterminar os judeus.

Hannah concluiu que ele dizia a verdade: não se tratava de um malvado ou de um paranóico, mas de um homem comum, incapaz de pensar por si próprio, como a maior parte das pessoas. Essa afirmação é um eco da frase do filósofo e matemático francês Pascal (1623-1662) "Nada é mais difícil que pensar".

Arendt, a teórica do inconformismo, também defendeu os direitos dos trabalhadores, a desobediência civil e atuou contra a Guerra do Vietnã (1961-1975).

Essa mulher, passou pelo período mais difícil na minha opnião que foi a 2º guerra mundial. E desse período foi que saiu suas duas grande obras:  "Eichmann em Jerusalém" e  " As origens do totalitarismo"  de onde foi formulado o conceito " banalidade do mal".  Que também tem vários videos a respeito da banalidade do mal, porém ainda não tem nenhum legendado em português apenas em inglês e espanhol, mas vejam da para entender um pouco. Eu me apaixonei pela história dessa mulher e pelo que ela fez, por ter sido um período crítico ela fez coisas que muita gente não fez por medo. Vejam seus videos acredito que vão gostar e tem o filme também Hannan Arendt.

 

Postado por Rafaela regina da silva Costa, Fonte: https://educacao.uol.com.br/biografias/hannah-arendt.jhtm